Você já ouviu falar na expressão “zero a zero”? Por mais que em alguns situações do cotidiano, isso não represente algo muito favorável, o sentido muda um pouco dentro do universo empresarial.
O ponto de equilíbrio é um fator extremamente necessário para garantir que determinada empresa tenha a possibilidade de se desenvolver mais, gerar competitividade e evitar os temidos prejuízos financeiros.
Nesse sentido, o ponto de equilíbrio contábil é quando a receita total representa a soma de custos e despesas, e o principal objetivo de calculá-lo é saber quanto é preciso arrecadar para manter uma receita total livre de dívidas.
Para entender melhor o que é ponto de equilíbrio, como calculá-lo, o que você precisa saber para garantir mais crescimento na sua empresa e os benefícios disso tudo, é só continuar a leitura deste conteúdo que preparamos especialmente para você. Aproveite e confira!
O que é o ponto de equilíbrio contábil?
Antes de explicar mais sobre o termo, é fundamental ressaltar que o ponto de equilíbrio não significa o mesmo que o famigerado objetivo de aumentar os lucros do negócio, mas é apenas uma referência para saber se o número de transações da empresa está regular ou se esta vai precisar vender mais para fugir das perdas ou dos danos, que podem atrapalhar seu desenvolvimento no mercado.
Dito isso, é o momento de dizer que, no que diz respeito ao mundo contábil, o ponto de equilíbrio é aquele ponto em que o lucro é zero, mas a empresa não tem nenhuma despesa. Ou seja, a soma das receitas é suficiente para cobrir a soma dos custos.
Para calcular o ponto de equilíbrio contábil, alguns fatores são considerados, como custos fixos, despesas fixas e variáveis e a margem de contribuição. Esse cálculo é realizado com a finalidade de direcionar a empresa: ela vai saber quantas vendas serão necessárias para cobrir todas as despesas e não entrar no prejuízo, por exemplo.
Diferentemente da margem de segurança, o ponto de equilíbrio não trabalha com uma taxa de lucros para garantir a sustentabilidade da empresa ou oferecer um sinal de alerta mais claro: ele basicamente significa zero prejuízos e zero lucros também. Entretanto, só é possível ter a segurança de conquistar lucros em uma empresa, depois desta ter atingido o ponto de equilíbrio contábil, obtendo mais confiança e controle.
Para dar esse passo e conseguir fazer o cálculo de forma mais assertiva, é importante seguir algumas etapas. Confira nos próximos tópicos.
1.Analise os custos fixos da sua empresa
Sabe aquela expressão de que é preciso colocar tudo “na ponta do lápis”? Pois é, o primeiro passo é considerar todas as despesas necessárias para manter sua empresa funcionando a todo vapor.
Não é para você calcular o que você gasta com serviços ou produtos, mas o que você precisa para manter a produção, como:
- aluguel do espaço;
- salários dos colaboradores;
- fatura de água e energia;
- materiais de papelaria e limpeza;
- manutenção de máquinas;
- serviços de segurança.
2.Avalie a margem de contribuição
Após saber quais despesas não podem faltar para manter a produção ativa de seus produtos ou serviços, é o momento de descobrir o ganho bruto sobre suas vendas.
Para isso, você deve somar os custos de produção e as despesas variáveis. Depois, você deve acrescentar o valor da margem de contribuição sobre o resultado: o excedente serve para cobrir as despesas fixas e gerar lucros a quem empreende.
Então, o cálculo para encontrar o ponto de equilíbrio é somar os custos fixos e dividi-los pela margem de contribuição. A margem de contribuição pode ajudar você a identificar o lucro: margens menores com custos altos podem levar sua empresa ao prejuízo, e o contrário também é válido.
Tenha atenção às variações do ponto de equilíbrio contábil
O ponto de equilíbrio contábil é o mais comum a ser utilizado pelas empresas, mas possui alguns desdobramentos, que geram variações aos cálculos. Então, é possível encontrar diferenças no ponto de equilíbrio financeiro e econômico.
Enquanto o contábil considera a receita total para cobrir as despesas, o econômico também leva em conta o custo de oportunidade. O cálculo desse custo indica que a empresa conquistará o equilíbrio financeiro se, além de cobrir todas as despesas, também tiver uma remuneração equivalente caso o investidor aplicasse o valor no mercado. Ou seja, o custo de oportunidade é um percentual a ser adicionado ao cálculo e pode variar de acordo com o cenário econômico do momento.
Já o ponto de equilíbrio financeiro, também chamado de PEF, se assemelha mais ao contábil, mas considera as despesas não desembolsáveis como depreciações. Então, para fazer o cálculo é só desconsiderar os gastos não desembolsáveis, visto que são tidos como irrelevantes.
Quais são os benefícios de fazer esse cálculo?
Agora que você já entendeu mais sobre o ponto de equilíbrio contábil – e seus desdobramentos, ponto de equilíbrio econômico e financeiro – e já sabe como calculá-lo, é essencial ficar por dentro dos benefícios de realizar esse processo.
Além de ajudar você a realizar uma melhor gestão financeira para atingir o ponto de equilíbrio em sua organização e, assim, evitar possíveis despesas e crises econômicas, esse cálculo também pode contribuir para a definição de valores dos seus produtos ou serviços.
O cálculo também ajuda você a identificar quanto deve ser a receita bruta de sua empresa, o valor da margem de contribuição, a quantidade de vendas, como não perder a competitividade no mercado ou reduzir as despesas fixas e também como manter a saúde financeira sempre em dia.
É válido lembrar que, além de analisar o ponto de equilíbrio da sua empresa, também é preciso contar com ferramentas tecnológicas e fazer um monitoramento frequente nos fatores citados acima para acompanhar com mais assertividade as etapas a serem realizadas, a fim de garantir mais segurança na gestão de finanças da sua organização.
Esperamos que esse texto ajude você a conquistar mais sucesso na área financeira da sua organização e contamos com a sua presença aqui no nosso blog. Você também pode conferir mais sobre gestão de negócios, contabilidade e finanças em nossas redes sociais: Facebook, Linkedin e Instagram.
Até a próxima!